quinta-feira, 5 de maio de 2011

Realidade Real (Crítica: O Discurso do Rei / 2010)



COMPLICADÍSSIMO falar de O Discurso do Rei (The King’s Speech, Inglaterra.2010). Pra você ter noção essa é a última frase da resenha que eu estou escrevendo. Na minha opinião não passa de um filme correto com grandes interpretações.Acabaria aqui então a crítica? Não. Pra tentar desvendar o que é esse filme, vou ter que falar de diretor, atores, roteiro e história, principalmente história, e talvez tenha sido ela quem encantou a Academia Hollywoodiana e vem encantando tantos outros críticos de cinema ao redor do mundo.



Primeiro de tudo: ROTEIRO. O Discurso do Rei tem um roteiro original escrito pelo pouco conhecido David Seidler, que conta o que sofreu o Rei George VI (Colin Firth) para conseguir ganhar a confiança do povo britânico nos primórdios da Segunda Grande Guerra. Detalhe: para quem não sabe o rei era gago, e não conseguia sequer fazer um pronunciamento para seus súditos. O roteiro do filme vem todo amarrado, perfeito, como se tivesse sido contado cada minuto de filme numa folha de papel. Esse é o grande trunfo do filme.



Segundo: Atores. Esses merecem ser citados um por um. Começo pelo gênio Colin Firth (de longe, na melhor fase da sua carreira), que faz um rei absurdamente irreal (em nosso ideário), um rei que mostra seus medos , sua fragilidade e até se tornar aquele rei, que simplesmente consegue falar. Você não precisa entender o que fala o personagem pra sentir o medo que exala dele, basta olhar nos seus olhos. Agora, Helena Bonham-Carter, a estranha mulher do diretor Tim Burton (Alice, Ed Wood, Edward: Mãos de Tesoura) representa toda a força e solidariedade do filme no papel da futura Rainha Elizabeth, mãe da atual. E pra terminar, pelo menos para mim a atuação mais surpreendente da obra, aquele feiosão do Geoffrey Rush. Esse ator australiano, além de tudo produtor do filme, faz o fonoaudiólogo que vai ajudar o rei a curar à sua gagueira, e toda sua pertinência e profissionalismo perante a figura real chega a ser um pouco emocionante, um pouco.

O filme não emociona.



E é aí que entra a figura do praticamente estreante diretor Tom Hooper. A história é muita retilínea, segue cada passo das práticas cinematográficas, em nenhum momento perde a mão com a direção. Mas será que perfeição, significa emoção? Eu acho que não. Foi como se eu tivesse assistido a um documentário da vida de um rei num canal pago qualquer. O filme é bom, só que peca em coisas simples, em frieza (inglês), em exageros técnicos e numa história que poderia ser menos bobinha. Para mim, cinema é muito mais do que isso.

3 comentários:

  1. Finalmente conheci seu blog Gus. Sem nenhum arrependimento,
    Porra texto muito bem escrito, Com suas poniões e críticas, Apesar de não ter assitido os filmes amei a temática do blog... e tem muito mais coisas pra ser escrito né não???
    Quero ver mais Posts! Muito bom kra!
    ta de parabéns mesmo! vou te publicar lah no meu blog...
    Abraço kra!

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  2. Guuuuuuuuuuuustavinho querido :)

    Ainda não vi o filme, mas depois de ler esse texto tão bem escrito, vou assistí-lo hoje mesmo.

    um beijo

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  3. Porra pedrão, vlw velho, fico muito feliz que tenha gostado do blog, da temática dele e da maneira que escrevo. Pode crer que vai ter mais posts sim!! Abraço

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